Hoje alguém que me é muito querido, questionou-me acerca da razão porque somos amigas.
Inicialmente a minha resposta foi um tanto atabalhoada, no sentido de ter levado a coisa para a brincadeira. Mais tarde dei por mim a procurar uma resposta "séria" para a questão (não que as minha brincadeiras não tenham sempre um fundo de verdade) e perguntei-me o que faz que com que nos sintamos mais próximos de umas pessoas do que de outras com as quais lidamos todos os dias.
A resposta à sua pergunta seguiu em jeito de sms, pois não queria que o dia terminasse sem que soubesse a verdadeira razão.
"Empatia, sintonia, respeito e admiração. Os meus amigos são pessoas que eu admiro e com as quais aprendo e me fazem questionar e ter dúvidas no sentido de crescer mais e mais... Para além disso são as que me conseguem surpreender: afinal, nesta fase da vida ainda é possível fazer novas amigas."
De facto esta nova amizade vem numa fase da minha vida (das vidas de toda a gente) em que já não há muito tempo.
Já ninguém está muito disposto a perder tempo, a interessar-se, a mostrar-se como é, sem rodeios, sem máscaras.
Lembro uma frase que li nos meus tempos de adolescente que dizia: amigo é alguém, diante de quem, tu, és tu mesmo.
Por isso acho difícil criar laços actualmente, as pessoas usam camadas e camadas e mais camadas, como tão bem o Shrek definiu, tal e qual as cebolas.
Já ninguém é quem é de verdade.
Obrigada C. por seres a excepção.
Tocou-me. A minha amiga ri-se com a minha alegria, entristece-se com a minha dor, diz-me aquilo que preciso ouvir, sem camadas. Obrigada A. L. por também seres uma excepção neste mundo de loucos. Obrigada por me fazeres rir mesmo quando estou sozinha. Um abraço.
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